BUSCA PELA CONSTRUÇÃO DA QUALIDADE NA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Autor: Adival José Reinert Junior

BUSCA PELA CONSTRUÇÃO DA QUALIDADE NA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
 
 
KIECKHOEFEL, Leomar; RAMOS, Paulo. Orientação no
Contexto Educacional. Massaranduba: IESAD, 2011.
 
 
            Não existe sociedade organizada sem o papel fundamental do aconselhamento, da orientação, sempre no sentido de pensar o melhor caminho, buscar a melhor escolha. No espaço escolar, tão bem visto como espaço social, não poderia ser diferente. Existe a visível necessidade do trabalho enriquecedor do Orientador Educacional naquele ambiente, ambiente de tantas ideias diferentes, de tanto aprendizado, não apenas de conteúdo, mas de forma emblemática do aprender o convívio social, o Orientador Educacional segundo Kieckhoefel e Ramos (2011, p. 05) é, então, a ponte entre o professor e o aluno, entre o sistema educativo e a comunidade escolar, entre o objeto do conhecimento e os diversos sujeitos que envolvem a construção do saber. Portanto, responsável por um complexo processo de ensino e de formação.
Com a rápida evolução sociocultural que atinge toda a sociedade, destacando em especial a educação pelo tema aqui abordado, existe também a necessidade desta constante atualização e (re) formulação do profissional Orientador Educacional, por estar este envolvido diretamente na busca pelo melhor andamento de toda a comunidade escolar. Porém muito além da necessidade de constante atualização, existe a necessidade do trabalho integral do Orientador Educacional na sua real função, a de orientar, e não estar submisso à maquiagem de um sistema falho que vem sofrendo ao longo de toda a sua trajetória pela eminente falta de Professores, Supervisores e outras funções essenciais do contexto escolar, segundo Kieckhoefel e Ramos (p. 14) para desempenhar a sua real função, o Orientador precisa investigar, acompanhar e pesquisar o aluno, de modo que possa orientá-lo para um rendimento e uma aprendizagem significativa. São complexas as atribuições de quem ensina e aprende. A escola é um todo complexo. Por isso, têm-se responsabilidades no desempenho das atividades, conscientes de que todos devem desempenhar seus papéis no processo educativo.
No desempenhar de suas funções o Orientador Educacional tem de passar confiança aos seus orientados, uma vez que para poder ser orientador o sujeito necessita abrir-se, expressar o que está ocorrendo, para que possa o Orientador com êxito na sua função buscar a melhor solução de contorno daquela situação, isto tanto em âmbito pessoal quanto coletivamente, então, está ligado diretamente ao Orientador o papel de exercer sua função com destreza, e profunda ética, pois segundo Kieckhoefel e Ramos (2011, p. 37) o Orientador centra suas atividades na relação de ajuda – na perspectiva de um trabalho de coordenação –, fornecendo subsídios para a tomada de decisões, tanto no âmbito individual como no âmbito grupal. Nesse tipo de trabalho. Para trabalhar com os sentimentos e as emoções das pessoas, o Orientador se vale da Psicologia, uma referência marcante que, por vezes, tem transformado o serviço de Orientação Educacional numa espécie de "mini-clínica" de atendimento individual.
Analisando todo o contexto educacional nota-se a real necessidade de o Orientador Educacional não prestar-se apenas ao papel de disciplinador, ao qual este é motivado em muitas escolas, ou de substituto irremediável da falta de outras funções escolares, pois seu papel é de extrema necessidade para o andamento e harmonia sequencial de um sucesso escolar construído porém espontâneo, segundo Kieckhoefel e Ramos (2011, p. 41) daqui para frente, as grandes áreas de investigação são o resgate histórico da Orientação Educacional e suas possibilidades de atuação junto à Educação, numa aprendizagem constante. A reimplantação, a especificidade e as possibilidades de atuação junto a esta área, devem ser desafios permanentes de busca, para que, de forma eficiente, possa-se construir uma educação melhor para todos, tendo sempre presente que a pessoa humana está acima de tudo.
Só haverá construção qualitativa na educação quando o sistema parar de buscar um crescimento impetuoso, como se está fosse a melhor resposta a sociedade, o crescimento sociocultural está sim atrelado ao âmbito escolar, mas precisa de crescimento regular, constante e com projetos bem alicerçados de respaldo não imediatista e sim de longo prazo, no qual inclui a construção valiosa e necessária do entendimento da real função do Orientador Escolar, e que este precisa ter a sua busca alcançada, a de uma escola com seu espaço cada vez mais justo, mais cidadão, mais democrático e principalmente de maior inclusão sociocultural e não de (des) inclusão, para que este profissional tão importante ao andamento e sucesso escolar possa enfim ter sua função desempenhada com maior aproveitamento como com certeza é a busca de cada um destes profissionais.
 
 
Adival José Reinert Junior
Joinville - 2011