A FUNÇÃO DO COORDENADOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO PLANEJAMENTO
Autora: Andréia Dias Soares
A FUNÇÃO DO COORDENADOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO PLANEJAMENTO
Andréia Dias Soares
Ms. Leomar Kieckhoefel
RESUMO
A temática do presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliografica sobre o trabalho de alguns coordenadores pedagógicos da Educação Infantil em exercer sua função devido ao atropelamento de funções. A falta de organização e compromisso em coordenar a Educação Infantil no planejamento de suas ações, teoria e prática do cotidiano educacional. A metodologia aplicada para a construção deste estudo se estabelece através de revisão de alguns autores especialistas no assunto, sendo eles Vasconcellos, Ostetto, Freire, entre outros. Este trabalho além de abordar a real função do Coordenador da Educação Infantil no planejamento, fala também sobre sua ética profissional, sua função educacional, assegurando a qualidade de ensino, juntamente com os professores, garantindo o desenvolvimento do educando no preparo do mesmo para o exercício da cidadania. A partir destes instrumentos que justifica este artigo procuro evidenciar como o Planejamento Pedagógico pode viabilizar melhorias nas ações educativas de maneira geral.
Palavras-chave: Função do Coordenador. Planejamento. Educação Infantil.
1 INTRODUÇÃO
Penso no planejamento na Educação Infantil não apenas como uma técnica, como instrumento para organizar a ação do professor, mas também o abordo enquanto prática social e como um norte para o meu trabalho. Tomo como ponto de partida a ideia de que todo planejamento é uma práxis, consistindo numa ação orientada... Mas cadê a orientação? Nos Centros de Educação Infantil que trabalhei até então, pelo menos a maioria, não tive uma orientação e acompanhamento de um coordenador pedagógico em relação ao planejamento, projeto, relato das atividades e avaliação do desenvolvimento da criança... “apenas cobram”.
Embora sempre soubesse que, quando surgissem dúvidas referentes ao conteúdo pedagógico, a elaboração do projeto... a coordenadora estava disponível para orientar e não para “ajudar a fazer” o projeto e ou planejamento, com materiais de pesquisa, autores e ou pensadores da educação para servir como base de pesquisa e tudo mais.
Em determinadas ações não pedia ajuda, pois sentia que a coordenadora não tinha conteúdo e nem disponibilidade para o mesmo... TRISTE mas é verdade.
O planejamento ocorre quando tenho um objetivo em vista para alcançá-lo, então, planejo e não improviso. Além do planejamento inicial, para alcançar as metas previstas é necessário o acompanhamento cuidadoso durante a realização da ação. Bom! Preciso entender qual é o real papel do coordenador pedagógico, pois ele no meu entendimento é quem precisa acompanhar a realização do mesmo.
É preciso estar sempre avaliando e fazendo os ajustes necessários, assim como é indispensável uma análise crítica ao final da ação prevista.
Trabalho na educação há 7 anos, a maioria das minhas coordenadoras não fizeram esta análise referente meu trabalho pedagógico e não acompanharam no cotidiano de sala o desenvolvimento e resultado do mesmo...
A presença do coordenador pedagógico, além da formulação de um projeto pedagógico e um bom planejamento juntamente com os professores no meu ver, constitui um dos critérios básicos na Educação Infantil, para garantia de qualidade da educação. É como dizer que ao coordenador pedagógico é requisitada uma tarefa não apenas organizacional, mas, sobretudo, formadora, em defesa da qualidade educativa, devendo ter dentre as suas funções a obrigação de sentar-se com seu grupo e planejar o melhor para as crianças, professores e comunidade... zelando pela manutenção da qualidade de educação.
Hoje consigo fazer um projeto e um planejamento de qualidade, mas, houve uma época em que realizava esta atividade sem conhecimento teórico, realizando o mesmo com minha intuição e preocupação que os educandos encontrassem motivação nas mesmas. Então, como eu , quantos profissionais agem, agiram ou agirão desta forma?
Será que estou equivocada quanto ao papel do coordenador? Será que não é obrigação do mesmo ajudar e acompanhar quanto ao planejamento diário...auxiliando e ajudando para o fazer certo?
Os caminhos que devo seguir para conquistar uma educação de qualidade trabalhando como “coordenadora pedagógica” são muitos, há uma pluralidade deles, muitos desconhecidos e a escolha sempre representa um risco. Refletir sobre essas questões me inquieta. Instigada, então, por aspectos que envolvem o planejamento diário e o papel do coordenador, pretendo desenvolver esse estudo.
2 A FUNÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O coordenador pedagógico precisa compreender e interagir com os princípios que a instituição educacional elege para nortear a prática educativa, ou seja, trabalhando desta forma ele estará se organizando dentro do âmbito da legislação a fim de organizar e nortear sua prática pedagógica.
No Estatuto e Plano de Carreira do Magistério Público Municipal de Blumenau o define mais especificadamente que: é responsabilidade e atribuições do Coordenador pedagógico orientar o trabalho do professor para a elaboração de um currículo escolar contextualizado... Acompanhar e avaliar o plano de trabalho do professor... Avaliar juntamente com os professores, o resultado de atividades pedagógicas... entre outros.
Segundo Porto (2009, p. 52), “A falta de assistência ao professor quanto ao seu desempenho em sala de aula, tanto no aspecto técnico quanto no pessoal, é visto como uma das causas de entraves do processo educativo”.
Entendo que as atribuições do orientador educacional são muitas: coordenar, investigar, diagnosticar, “planejar”, implementar e avaliar o currículo em integração com outros profissionais da educação e integrantes da comunidade; zelar o cumprimento do plano de trabalho dos docentes nos estabelecimentos de ensino; assegurar processo de avaliação da aprendizagem; objetivar a definição de prioridades e a melhoria da qualidade de ensino; promover atividades de estudo e pesquisa na área educacional, entre outras... Quantas atribuições e responsabilidades!
Quando este profissional escolhe ter por responsabilidade esta função sabe que por trás da mesma tem todas estas atribuições, compromisso com os professores e toda a comunidade educacional.
É triste um profissional da educação deparar-se dia a dia com coordenadores que pensam em uma educação diferenciada, mas na hora da prática faz o contrário... cobram conteúdos, atividades que eles mesmos não sabem direcionar e por onde começar para alcançar os objetivos desejados para o mesmo... ou fingem não saber. Acredito que muitos deles não mediam esta situação, pois com certeza terão que se dedicar.
Fazer o diferente sempre exige muito trabalho e dedicação, embora temos que admitir que vale “a pena” pois o resultado do mesmo sempre é uma satisfação imensa.
Quanto tempo estamos perdendo com profissionais descompromissados com sua real função na educação, quão bom seria um olhar de paixão, é o que está faltando.
O orientador educacional é – entre os profissionais da escola – um dos que deve estar mais atentos e mais capacitados a reconhecer e a proporcionar momentos que facilitem o sentir, o pensar e o fazer conscientes, a fim de que possam ser, simultaneamente, sentir-se, pensar-se e fazer-se. Em outras palavras, o fazer do orientador educacional implica ajudar – afinal, ele é um profissional de ajuda... (PORTO, 2009, p.65).
Acredito que devido a tantas obrigações e as vezes a necessidade de atender e enfrentar a falta de condições e materiais, inclusive para a realização do próprio trabalho, é que o coordenador deixa muitas vezes a desejar quanto ao seu real trabalho na educação.
A urgência de fazer tantas atividades, cumprir tarefas nem sempre consideradas específicas da coordenação pedagógica, as quais acarretam desgastes físicos e emocionais.
O compromisso com o atendimento às crianças, sob responsabilidade do CEI e da própria coordenação. O envolvimento com o trabalho, procurando superar limitações e obter os melhores resultados possíveis.
Nesse movimento, contudo, existe o risco de o coordenador se perder no labirinto do imediato, configurando um ativismo que o leva a se distanciar do que é essencial: seu papel de Coordenador.
Precisa-se desenvolver uma visão crítica construtiva do trabalho pedagógico do coordenador, de modo a valorizar as ações educativas, transformando reflexivamente a ação de todos atores envolvidos na educação, ação esta que ajude a nortear o trabalho deste profissional tão importante no contexto educacional.
Segundo Freire (2011, p. 32):
Ensinar exige criticidade. Não há para mim, na diferença e na “distância” entre a ingenuidade e a criticidade, entre o saber de pura experiência feito e o que resulta dos procedimentos metodicamente rigorosos, uma ruptura, mas uma superação. A superação e não a ruptura se dá na medida em que a curiosidade ingênua, sem deixar de ser curiosidade, pelo contrário, continuando a ser curiosidade, se criticiza.
A fim de alcançar esses objetivos o coordenador precisa respeitar a personalidade dos profissionais da educação, mediando e valorizando-os individualmente.
Em outras palavras no meu entendimento “o coordenador” tem a obrigação de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem mesmo enfrentando tantos obstáculos.
Segundo Alves (2003, p. 75):
Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido de dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro não planta jardins por fora. E nem passeia por eles.
Então eu me pergunto: Qual a contribuição que esse profissional pode trazer para o ambiente de práticas educativas em que atua?
Nesse sentido, o coordenador precisa repensar sua prática de modo a qualificar cada vez mais a construção coletiva do projeto político-pedagógico, cujo objetivo é formar no educando um novo cidadão, conforme citação acima, antes que seja plantada qualquer árvore, é preciso que as árvores tenham nascido de dentro da alma, é o que considera Alves (2003). Precisamos sonhar, antes de implantar alguma ação, precisa-se planejar com amor o caminhar do processo educativo.
O professor é um produtor do saber, logo precisa ser tratado como tal. Sendo assim o coordenador precisa assumir uma postura construtiva, criadora e democrática, através da sua participação enquanto incentivador, integrador e executor das políticas educacionais.
Porém, há alguns desafios para o coordenador, como, a caça constante por uma formação continuada dos professores, a fim de que este esteja apto para redarguir às necessidades e mudanças lançadas pelas interações que ocorrem no universo escolar. Para Gleglio (2003), a formação continuada é uma das etapas de preparação do profissional da educação e, de acordo com a própria nomenclatura, ela é continuada. Quer dizer, não tem fim, é constante.
O trabalho do professor-coordenador é fundamentalmente um trabalho de formação continuada em serviço. Ao subsidiar e organizar a reflexão dos professores sobre as dificuldades que encontram para desenvolver sei trabalho de consciência dos professores sobre suas ações e o conhecimento sobre o contexto escolar em que atuam. Ao estimular o processo de tomada de decisão visando à proposição de alternativas para superar esses problemas e ao promover a constante retomada da atividade reflexiva, para readequar e aperfeiçoar as medidas implementadas, o professor-coordenador está propiciando condições para o desenvolvimento profissional dos participantes, tornando-os autores de suas próprias práticas. (GARRIDO, 2000, p.9).
Porém, se pretendo auxiliar na construção de uma educação pública de qualidade, que caminhos devo escolher? Que planos traçar?
Difícil saber! Acredito que o começo seja perfilhar limites e carências do próprio trabalho pedagógico a fim de mudar métodos originados de visões de mundo, valores e interesses que interferem na prática diária, o que implica o enfrentamento inevitável e delicado de conflitos entre a comunidade escolar sendo: professores, alunos, pais e a hierarquia do sistema escolar.
E também refletir sempre sobre seu trabalho, se perguntando constantemente o que posso fazer para melhorar... aprendendo com os erros e acertos, estar sempre em constante preparo no sentido de enfrentar os obstáculos da sua labuta diária.
Seus objetivos educacionais sempre devem estar pautados na melhoria do processo educativo, através de um trabalho cooperativo, onde as tarefas são bem elaboradas e planejadas a fim de somar esforços que diminuem as frustrações dos profissionais da educação e multiplique o resultado final.
Vasconcellos (2002, p.85) afirma:
A preocupação da coordenação é muito ampla, envolve questões de currículo, construção de conhecimento, aprendizagem, relações interpessoais, ética, disciplina, avaliação da aprendizagem, relacionamento com a comunidade, recursos didáticos, etc.
O cargo do Coordenador Pedagógico, normalmente, fica a orientação aos professores, a relação com os pais e a supervisão geral das atividades pedagógicas. É fundamental, portanto, analisar a ação desse profissional: ele geralmente atua em parceria com o diretor na administração geral da instituição de Educação, assumindo responsabilidade direta na articulação, no acompanhamento e avaliação dos processos de ensino e aprendizagem.
O conjunto de atribuições do coordenador pedagógico no CEI revela um papel diretamente envolvido com o processo educativo e com as ações pedagógicas voltadas para a criança e a família, destacando-se a articulação coletiva da Proposta Político-Pedagógica (PPP), da relação entre CEI, família e comunidade, bem como o apoio ao trabalho e à formação dos professores.
Para tanto, é enfatizada a necessidade de investimento em sua própria formação e qualificação, indicando que o coordenador pedagógico do CEI deve buscar solidez teórico-prática e a capacidade de aprendizagem no processo de trabalho cotidiano.
Além disso, percebo que se caracteriza também o papel de motivador da equipe, um participante que compartilha responsabilidades no trabalho educativo, além de assegurar o cumprimento das normas estabelecidas pela Secretaria.
Um eixo comum de representação da função de coordenador se expressa no reconhecimento do dinamismo do trabalho, decorrente das especificidades da própria instituição.
3 O PLANEJAMENTO SOBRE O OLHAR DO COORDENADOR
Então, por que o coordenador educacional apenas orienta e não ajuda a elaborar um projeto e ou planejamento?
Sei que planejar na Educação Infantil não é um trabalho fácil. Praticamente não se encontra material didático, muito menos um currículo para seguir, igual tem-se na escola. Na Educação Infantil o trabalho é totalmente voltado para a ludicidade e principalmente prazerosa, devendo vir é claro alicerçada em parâmetros constitucionais, portanto é um trabalho mais minucioso.
Tanto creches quanto pré-escolas, como instituições educativas, têm uma responsabilidade para com as crianças pequenas, seu desenvolvimento e sua aprendizagem, o que requer um trabalho intencional e de qualidade. (OSTETTO, 2002, p. 175).
O objetivo principal do planejamento é nortear o trabalho do educador em sala...hoje ainda encontra-se educadores que sentem muita dificuldade de registrar no papel seu planejamento e ou elaborar um projeto. Com certeza este profissional precisa da ajuda de um “coordenador pedagógico”, mas, se este coordenador estiver atrelado a outros fins do cotidiano? Como será a prática deste educador em sala? Ele trabalhará com dúvidas, correndo o risco com certeza de frustrar-se profissionalmente.
Portanto, instigada com a busca da qualidade no trabalho desenvolvido com as crianças pequenas é que me preocupo quanto ao planejamento norteador e de qualidade para a Educação Infantil, sob o olhar de um coordenador.
Muitas vezes me questiono: Como por no papel o planejamento? Como registrar a riqueza das atividades feitas com as crianças? O que priorizar neste registro? Estas questões geralmente povoam as mentes dos educadores que, angustiados buscam o “modelo” ideal para, assim, “registrar” e “fazer” o melhor planejamento. Porém, sabe-se que o registro do planejamento na Educação Infantil não é o mesmo realizado na escola.
Planejar é essa atitude de traçar, projetar, programar, elaborar um roteiro para empreender uma viagem de conhecimento, de interação, de experiências múltiplas e significativas para com o grupo de crianças. Planejamento pedagógico é atitude crítica do educador diante de seu trabalho docente. Por isso não é uma fôrma! Ao contrário, é flexível e, como tal, permite ao educador repensar, revisando, buscando novos significados para sua prática pedagógica. (OSTETTO, 2002, p. 177).
Diante ao cenário mundial que se encontra a educação, posso afirmar que é necessário uma mudança postural em relação à prática pedagógica do coordenador educacional, no meu ver ele precisa ser mais participativo e presente no planejamento diário.
É importante também que o Coordenador elabore junto com o professor o Projeto de trabalho de sala, não somente ajude na elaboração mas acompanhe seu desenvolvimento e aplicação do mesmo em sala, contemplando todos os requisitos necessário para a aprendizagem dos educandos.
Pensar que a esperança sozinha transforma o mundo e atuar movido por tal ingenuidade é um modo excelente de tombar na desesperança, no pessimismo, no fatalismo. Mas prescindir da esperança na luta para melhorar o mundo, como se a luta se pudesse reduzir a atos calculados apenas, à pura cientificidade, é frívola ilusão. Prescindir da esperança que se funda também na verdade como na qualidade ética da luta é negar a ela um dos seus suportes fundamentais. O essencial [...] é que ela, enquanto necessidade ontológica, precisa de ancorar-se na prática. Enquanto necessidade ontológica a esperança precisa da prática para tornar-se concretude histórica. É por isso que não há esperança na pura espera, nem tampouco se alcança esperança na espera pura, que vira assim, esperava vã. (FREIRE, 1992, p.5).
A ação coordenadora e auxiliadora do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem deve buscar planejar suas ações, com vistas a auxiliar os educadores, favorecendo assim, o processo de resiliência do trabalho do professor, diminuindo assim, o seu estresse e insegurança.
É necessário que a ação educativa seja planejada, articulada com os sujeitos escolares e o coordenador pedagógico figure como mediador de formas interativas de trabalho, em momentos de estudos, reflexões e ações.
Para Paulo Freire (2011), você, Coordenador/a, é um educador e, como tal, deve estar atento ao caráter pedagógico das relações de aprendizagem no interior da escola.
O quadro final que se apresenta como resultado deste estudo me remete à presença muito tênue da coerência entre o dizer e o fazer dos coordenadores quanto ao processo que envolve o acompanhamento e participação do planejamento.
Essa contradição pode representar falta de subsídio teórico, ou as vezes sua função esta tão atrelada a outros fins e prioridades que o foco principal que é o aprendizado e desenvolvimento dos educandos, acaba por ficar em segundo plano.
Por outro lado, coordenadores devem tomar consciência da importância da busca do conhecimento, da busca da qualificação de sua formação profissional, tomar consciência do seu papel real na Educação Infantil.
Na nova Lei de Diretrizes e Bases n.º 9.394/96, art. 64, diz:
A formação profissional e educação para Administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação. A critério da instituição de ensino, garantia, nesta formação, a base comum nacional. (LDB, art. 64).
Parto então do pressuposto que o ato educativo na Educação Infantil requer um trabalho intencional e de qualidade, onde cuidar e educar são funções indissociáveis, sendo este, um trabalho complexo.
No cotidiano o professor precisa estar inserido num amplo processo de interação, onde o ensino e a aprendizagem de forma prazerosa e desafiadora requerem a capacidade de planejar e de decidir juntamente com a coordenação pedagógica.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após todo o caminho percorrido na busca de descobrir, entender e aprender sobre o real papel do coordenador pedagógico no planejamento da Educação Infantil, é relevante concluir que o coordenador precisa estar atento a algumas dimensões que são importantes para a sua coerência no cotidiano escolar.
Suas atribuições são deveras e realmente confunde quanto o real papel no contexto educacional.
Entendo que o coordenador pedagógico deve preocupar-se primeiramente com sua formação, manter-se constantemente atualizado, procurando realizar leituras específicas no que tange a sua área de ação, deve centrar o seu trabalho na ação humana, voltar a sua Prática à Teoria para o outro acreditar sempre nas mudanças, possuindo assim a capacidade de aceitar e conviver com as diferenças.
Estar atento ao saber fazer, ao saber pôr em ação por meio de métodos, técnicas e recursos didáticos de tal forma que possa realmente garantir, auxiliar de forma organizada e coerente a formação continuada do professor.
Para finalizar, entendo que é necessário que o Coordenador Pedagógico planeje, coordene, acompanhe e avalie todas as atividades pedagógicas...que consiga organizar-se dentre tantas funções que lhe cabe, permitindo-se auxiliar e ajudar seus professores quanto ao planejamento de suas ações e na elaboração dos projetos.
Desta forma o coordenador será um agente transformador na medida em que transforma a si mesmo e, por consequência, conseguirá desenvolver um trabalho diferenciado com qualidade e “aprendencia”.
5 REFERÊNCIAS
ALVES, Nilda. Educação e Supervisão: o trabalho coletivo na escola. 11.ed.
São Paulo: Cortez, 2003.
BLUMENAU. Lei Complementar nº 661 e 662. Estatuto e Plano de Carreira do Magistério Público Municipal. Secretaria Municipal de Educação. Blumenau - SC, 2007.
BRASIL. Lei nº 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: SEF/ MEC, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
______. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
GARRIDO, Elisa. O Coordenador Pedagógico e a Formação Docente: Espaço de formação continuada para o professor-coordenador. 10.ed. São Paulo: Loyola, 2009.
GLEGLIO, Paulo César. O papel do coordenador pedagógico e a formação do professor: O coordenador pedagógico e o cotidiano da escola. 2 ed. São Paulo: Loyola, 2003.
PORTO, Olívia. Orientação educacional: teoria, prática e ação. Rio de Janeiro: WAK, 2009.
OSTETTO, L. E. Encontros e encantamentos na Educação Infantil: partilhando experiências de estágio. Campinas: Papirus, 2002.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002.